Monday, December 3, 2007

Ricos são os que mais compram produtos piratas, mostra pesquisa

A classe social que proporcionalmente mais alimenta o mercado de produtos falsificados é justamente a dos ricos, que teria condições financeiras para comprar artigos originais. A conclusão faz parte de uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira pela Câmara de Comércio dos Estados Unidos. O levantamento ouviu 2.226 pessoas no Rio, em São Paulo, em Belo Horizonte e em Recife.

Por causa das falsificações, o Brasil deixa de arrecadar R$ 20,2 bilhões por ano em impostos com a pirataria praticada em apenas três setores da economia: roupas, tênis e brinquedos.

Conforme a pesquisa, praticamente a metade (49%) dos consumidores pertencentes à classe A admitiu que comprou pirataria, número inferior à média das classes B (63%), C (66%) e D/E (59%). Porém, quanto ao poder de consumo, enquanto um brasileiro da classe C comprou 5,6 brinquedos piratas nos últimos 12 meses, um consumidor da classe A adquiriu 52,3 brinquedos falsificados, quase dez vezes mais. No item roupas, os mais ricos foram responsáveis por adquirir 17,9 peças de vestuário piratas por ano, enquanto os da classe C, 11 roupas de marcas falsas.

De acordo com o levantamento, de cada dez brasileiros, sete compram produtos piratas. No Rio, de cada dez cariocas, oito admitem que adquirem produtos falsificados.

Para combater a pirataria, ela defende que é preciso endurecer a fiscalização e também oferecer produtos originais mais baratos, por meio da redução dos impostos. Entre os locais prioritários de combate à pirataria estão os portos, por onde entram, segundo Solange, 80% dos produtos falsificados.

Os dados foram divulgados durante a reunião do Grupo Regional de Combate à Pirataria, na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

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